é a falta da tua presença marcante,
que me acalmava de um jeito dolente
me entretendo com tua silhueta excitante
Meus dias reduzem-se a nada;
entre cigarros e inércia adoeço,
vitimado por minha paixão rejeitada
cujo vácuo em meu âmago não esqueço
Abro as janelas, e a luz intensa
que invade meu cômodo omisso
só faz reavivar a crença
da divindade de teu sorriso
Nada que eu faça para entreter-me
pode varrer de mim a sensação
de teus beijos doces a derreter-me
que só fermentavam minha ilusão
Só me resta sozinho esperar
pelo dia em que voltarás sorrateira,
disposta a minha solitude esmagar
assim que entrares por minha soleira
E enquanto não sinto teu ser
se aproximando dos meus sentidos,
fumo, esperando te ver
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