Quando
desceste de teu pedestal
De deusa
exilada na Terra,
Teus ácidos
olhos oceânicos
Banharam-me
por inteiro,
Inundando meus
olhos tristes
De brônzea
solitude.
Teu alvo sorriso
foi alvorada
A iluminar-me
com ternura,
A aquecer
meu peito gélido
Com teu
brilho de astro
Universalizado
e infinito,
Pueril como
a minha conduta.
Orbitava ao
redor dos teus seios,
Macios como
o suave organdi
Que recobria
teu relevo lascivo;
Liquefazia-me
em agridoce volúpia
A afogar-me
interna e externamente
Nas águas
turvas da tua vagina.
Quando
viraste poeira cósmica
Entre meus
lençóis amarrotados,
O pó do teu
rosto tocava minha face
Como as
lágrimas de uma viúva
Que de tanto
amar, desfez-se
No mesmo pó
com que fora criada.
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