Minha
terra tem pântanos
Onde
canta o carcará
Os
lamentos que aqui ouço
Não
os ouço como lá.
Meu
céu tem mais neblina
Minhas
várzeas mais ardores
Meus
bosques têm mais mistérios
Minha
jornada mais horrores.
Em
vagar sozinha à noite,
Mais
temor encontro lá;
Minha
terra tem desertos
Onde
se perdem os condenados.
Minha
terra tem odores
Que
tais não sinto cá;
Em
cobrar sozinha à noite,
Mais
ventanias encontro lá;
Minha
terra tem pesares
Onde
canta o ser pútrido.
Não
permita, patrão, que eu viva;
Para
que eu sempre fique lá
A
desfrutar das paisagens
Lúgubres
em sua existência,
E
que sempre possa ouvir
A
sinfonia das almas a pedir clemência,
Pois
eu sou a dívida
Que
todos devem pagar,
Que
ninguém pode evitar;
Tome
cuidado, pois a Morte pode agora
Sua
pendência cobrar.
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