Tua volúpia tão insana
hoje anda oculta no ocaso
a inspirar o meu parnaso,
pleno de intenções profanas
Ao meu toque saudosista
tua carne se contrai;
no relevo que me atrai
nem ouso pousar a vista
Sinto teus olhos em mim
e o coração solitário
a salvo em um relicário
Na escuridão dos teus olhos
quero cegar meus sentidos;
pena que estão tão cansados...
Pintura: "La Baigneuse de Valpiçon" (1808), de Jean Auguste Dominique Ingres.
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