Cala no teu peito o lamento
Sulfuroso que te transborda
Pela face crua e calhorda;
Incêndio seco em movimento.
Reserves o gosto agridoce
Do choro latente ao espelho;
Não grites nem peça conselho,
Todo palpite é precoce.
No fundo dos olhos cansados,
Angústia de sufocar
Mil vontades de se doar.
A dor que sentes te desperta
Do ócio de todo amar,
É ferida que quer fechar.
Jean-Jacques Henner, "Solitude", óleo sobre tela, 1886.
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