Antes, floria alegre a roseira,
os botões nasciam para a luz
com a esperança brejeira
que à vida conduz.
Nas manhãs ensolaradas,
o jardineiro acordava disposto,
logo saindo de sua morada
para assumir o seu posto
Sorria contente ao mirar
a sua maior paixão,
passava o dia a cuidar
das rosas de seu coração
Mas o tempo é cruel,
faz a luz sombrear,
sopra ao vento o fel
que faz a vida definhar
Todo o brilho se perdeu,
a tempestade havia se instalado,
a roseira envergou
não aguentou mais o fardo
As rosas foram murchando
e o jardineiro se entristecendo,
só a esperança foi ficando,
uma luzinha fraca, sobrevivendo.
Porém, até a esperança um dia se extinguiu.
O jardineiro definhou
e a alegria se esvaiu;
a Vida se acabou.
Porém, junto à última morada
do simples jardineiro,
restou uma só rosa desgastada:
a esperança de um Amor altaneiro.
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