Me pergunto
com mórbida frequência
Em que
paragens teu corpo descansa,
Em quais
alcovas tu buscas vingança
Para saciar tua sutil eloquência
Teus cabelos
negros antes compridos
Agora são
curtos como a distância
Que separa
tua brutal rutilância
Dos meus
desejos tão logo esquecidos
Tenho-te
perto do corpo, porém
Tão longínqua da alma, que já foi tua
E hoje já
não é de mais ninguém
Outra vez
desejo sentir teu sabor
Fresco, da
tua silhueta nababesca;
Cuja lembrança
só me causa dor.
Louise Brooks, anos 1920.
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