Vês que estrago fizeste
Em meu pobre coração?
Quando simplesmente cometeste
Entre escárnios uma traição?
Admire a úlcera cavada
Por tua cínica ilusão,
E aplauda a alma esfacelada
Por tua tórrida destruição!
Hoje tu desprezas
Quem mais te ama,
Amanhã meu canto é reza
Pra esfolar tuas escamas!
Tu não perdes por esperar
Minha singela retribuição,
Nem pense em escapar
Do ódio da paixão!
Minha ira em ti cairá
Até a eternidade ter fim,
E minha boca te amaldiçoará
lançando mil pragas ruins
Mas não temas, meu amor
Serei breve, juro,
Pois diante da tua perfídia,
Ainda sou o mais puro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário