Venero-te
como quem venera uma deusa;
Muito
embora tu não repares em meu culto
E
tomes meus versos insanos como insulto;
Admiro
do teu sorriso a curva reclusa.
Esta
distância amarga que a mim impuseste,
Esnobe,
própria de ti, que me tem na cama
Por
pura vaidade, para sermos amálgama;
Dois
corpos febris feitos de bruma celeste.
Em
minhas narinas ainda sinto ardente
A
fumaça solitária dos teus cigarros
Mesclada
ao teu perfume agridoce e iludente.
A
sombra silente do teu corpo sinuoso
Vejo-a
turva ao se afastar da minha nudez
Que
ainda é parte do teu ventre saudoso.
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