“Transforma-se
o amador na cousa amada”
Disse
o poeta que muitas paixões teve;
Em
ti não quero fundir sentimentos
Pois
meus pressentimentos desconfiam
Dos
teus olhos castanhos traiçoeiros.
Em
teu ventre tu carregas lascívia
Cega
e surda, que grita encarcerada
Por
liberdade, mas tu bem disfarças,
A
fama de donzela a preservar
Ante
teu clã, cego como a malícia
Que
te comanda, como a uma orquestra
Na
epifania da orgia que te sustenta
Se
meu desejo de fundir-me a ti
É
tão utópico, lura impossível,
Em
silêncio me retiro do teu
Convívio,
a esperar que o meu desejo
Se
dissipe, como névoa no ar puro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário