Cora,
escrevo agora sentindo a tua ausência
Emergir
líquida dos meus olhos túrgidos;
Liquefazendo-me
em tenro choro desabrido.
Insano
desejo faz transbordar meus poros, como
Nas
vezes em que me entregava do avesso
Aos
teus membros e carnes e delírios sóbrios.
Saudade
corre em minhas veias e artérias;
Invade
meu peito árido, esmaga qualquer dignidade
Lúcida
que ainda me resta. Deliro acordado com tua
Volta,
com teu sorriso enfumaçado dizendo sim
Ao
bom amante que à alcova quer tornar.
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