terça-feira, 21 de abril de 2015

Solidão

Nas horas mortas da madrugada
Uma névoa de fracassos me envolve
Fracassos de uma alma cansada
De um coração que lentamente se dissolve

A saudade de um carinho de outrora
Tortura cruelmente minha existência,
A visita da velha ceifadeira, não vejo a hora:
Que leve-me logo, agora, peço clemência!

Não há mais sentido viver aqui, remoendo,
Quando a Paz, marota fugitiva, lá encontra refúgio.
Viso lograr êxito, ao menos, morrendo.

Sonhos desfeitos, amores malfeitos
Todos naufragados num perfume de mulher.
Solidão por solidão, escolho a do eterno leito.


















Pintura: "Hombre Solo", de Juan Nicieza Lavilla.

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