sábado, 6 de junho de 2015

Perséfone

Entre as coxas daquela doce fêmea
Há um paraíso, uma planície
Quente como o inferno da superfície
De sua boca pálida e boêmia

Seu nome é conhecido na noite;
Em cada vã alcova é urrado
Pelo corpo em êxtase que a seu lado
Liquefaz-se ternamente em deleite

Essa mulher traz um eco palpável
Dentro do peito arfante de falena;
Segue a cumprir a sina miserável

Em seus olhos fundos, uma faísca
De esperança afogada em decepções
De mulher gasta que não mais se arrisca.


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