domingo, 31 de maio de 2015

Fado

Minh’ alma está dorida de desenganos
A destilar ilusões à meia-luz
Cedendo ao fundo abismo que me seduz,
Que é o brilho dos teus olhos levianos

Choro só, escondido no frio refúgio
Das paredes do meu quarto, tão saudoso
Das espirais do teu cigarro vicioso
Cujas cinzas restaram como vestígio

Teu retorno é minha ânsia vital,
Espero ver-te na porta do meu quarto
Como outrora vieste como um vendaval

No breu dos teus olhos trazes afogados
Os meus e os teus rancores e delírios;
Quero em teu lagos continuar mergulhado.













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