Numa madrugada
qualquer, daquelas
Em que
não se encontra a mínima paz,
Acabo
te encontrando solitária;
Alma acesa
e cigarro a palpitar
Junto
ao poste de luz da tua rua,
A olhar
para mim entre as espirais.
Rua
que é tua tanto como eu,
Que inutilmente
ainda escrevo versos
Inspirados
por tua sordidez
Deliciosa
de esculpido tesão,
Cujo licor
agridoce não mais
Liquefaz
meu paladar tão sedento.
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