quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Que será de ti?

É o teu sórdido cinismo que me tira do sério
quando sorris com infâmia para todos os rapazes,
menos para mim, este ser atroz e funéreo
cujos dons no amor não possui ou os têm incapazes

Será que não sabes a podridão da tua imagem artificial?
Ou não deseja fitar tua sombra num espelho esquecido?
A indecisão do teu caminho no amor é teu grande mal,
não sabes qual linha e agulha usarás para costurar teu coração partido

Nem tu sabes ao certo quem és,
o fantasma do teu passado te empurra para a penitência
que te afasta aos poucos da plena consciência

O que será de ti, acho que nem Deus tem conhecimento,
teu futuro é soturno, no amor tu colherás ainda
todas as flores mortas que plantaste na tua indecência infinda.



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