segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Felicidade foi-se embora

     Muitas pessoas dizem por aí que são felizes. Muitas dizem que são infelizes. Mas afinal, o que diabos é a felicidade? Um conceito variável e utópico? Um livro embolorado cheio de retóricas? Ou será simplesmente a resignação de não a possuir?
     O homem vive procurando a felicidade como um cachorro que procura um osso. Um osso saboroso, perfeito. Um osso que se acha, se esconde, se acha de novo. Cada um possui um objetivo diferente, que todos dizem ser a tal felicidade. Mas, quem sabe, a felicidade não seja o objetivo, mas sim o caminho pelo qual chegamos a ela. Generalizando, ninguém sabe dizer com exatidão o que é a felicidade. Quando se pergunta a alguém o que é, todos respondem à pergunta com um exemplo de felicidade, o bendito exemplo contra qual Sócrates lutou tanto nos primórdios da Filosofia, e teve a coragem de ficar na sua terra e enfrentar a sua pena: a morte. Talvez seja isso a felicidade: morrer pelos seus objetivos. Ou talvez seja só mais um blagues que a sociedade prega, como uma religião. E por falar nesta, quais são seus objetivos? chegar a Cristo? a Deus? ao celibato? Ou só aliviar a ignorância da sociedade em relação a felicidade e a tantos outros conceitos vagos? Bom, o que realmente importa é que a felicidade nos deixa felizes. Que redundância descarada! Mas é a mais pura verdade. E a pura verdade é que, às vezes, não é a felicidade que alegra-nos, e sim a eterna busca por ela. Enfim, enquanto não sabemos realmente o que é a felicidade, devemos nos contentar com o que temos. Quase nada. Mas o suficiente para deixar-nos felizes.

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